Sou uma pessoa realmente
questionadora e a cada dia que os anos sobre mim se acumulam aprendo mais sobre
a vida. Pergunto-me por que muitas pessoas ainda insistem nas banalidades? Não
sei se pareço preconceituosa, talvez sim aos olhos de alguns. Mas, desde sempre
penso, o que as pessoas vêem em festas? Que prazer passageiro e sem frutos
seria esse? Para mim isso está muito longe de ser um prazer real. Na verdade, o
prazer é uma palavra que tem seu significado fundado na matéria e nas suas
necessidades. Acredito que existe algo mais real e palpável que isso. Um
sentimento mais puro e livre de dependências externas. O ‘prazer’ do espírito.
Por outro lado, sempre acreditei
que a vida dos outros seria mais perfeita e cheia de felicidades e completude.
Mas, quando olho as pessoas mais profundamente vejo que suas vidas não são perfeitas.
Longe disso por vezes.
Encontro-me numa fase especial. A
do autodescobrimento. Na verdade, já iniciei essa fase há algum tempo. Estou
agora colhendo experiências alheias através de profundas observações em busca
do porquê de certos tipos de comportamento. Isso me ilumina, faz meu foco de
luz se direcionar para um alvo mais concreto.
A pergunta mais verdadeira que me
consome é: o que realmente importa? É difícil ter uma resposta única. Existem
tantos caminhos, tantas explicações, que me sinto extasiada. Será que as
pessoas não enxergam porque enfrentam tantos problemas? Estamos infinitamente
submersos na influência do subconsciente, e infelizmente quase ninguém consegue
perceber isso.
Agimos e reagimos impulsionados por
ele, o subconsciente. Na maioria das vezes, apenas para preenchê-lo de algo que
ele sente necessidade. Uma falsa necessidade. Ele mantém-se em nossos hábitos para
adquirir força e nos colocar numa estrada incerta e que acreditamos estar
cientes que a conhecemos profundamente. Por isso, eu desde criança penso. Pergunto.
Reflito.
Nada,
repito, nada traz mais paz e completude que o momento presente. Seja onde for,
o que for, na situação que for. Basta apenas se desligar do pensamento compulsivo
e entrar em você mesmo para encontrar esse manancial de bem-estar e paz. E isso
não tem base e dependência em NADA exterior. Festas, namoro, beijos, riqueza,
fama...enfim, qualquer prática exterior não tem esse poder. A paz verdadeira não
é desse mundo. Por isso, não devemos procurá-la na Terra. Ela vem de algo muito
superior. Interior. Espiritual. Eterno.
Mas, se devêssemos viver unicamente esse lado espiritual, para que estaríamos nessa terra? Acredito que, até mesmo os momentos "banais" tem algo a nos oferecer. Eles não devem tomar conta da nossa vida, nem se tornarem a principal fonte da nossa alegria, mas, vivê-los também faz parte da construção do nosso ser. Além disso, não devemos generalizar "festas" como banalidade. Elas representam um momentos de muitas trocas de sensações, sentimentos (sim, verdadeiros!), sorrisos... São também uma ótima oportunidade de observação e contemplação do ser humano.
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